Oct

21

Construtora acelera lançamentos no ano

A MRV, maior construtora e incorporadora do país no segmento de imóveis para as classes média e baixa, encerrou o terceiro trimestre com aumento de 13,1% dos lançamentos no comparativo com igual período do ano anterior. Ao todo, 7.452 unidades foram lançadas no período, o equivalente a R$ 1 bilhão. Segundo a companhia, todas podem ser incluídas no programa de habitação do governo federal Minha casa, minha vida. No aguardo para o lançamento da terceira fase do programa, prevista ainda para este ano, a empresa projeta acelerar ainda mais os lançamentos, afirma o presidente da MRV, Rafael Menin.
 
Ao se comparar o total de unidades lançadas, o aumento registrado é de 21,3% no comparativo entre o terceiro trimestre deste ano e do ano anterior. No período, foram lançados 7.452 imóveis ante 6.145. São Paulo é o estado com maior valor, R$ 608 milhões. As novas unidades totalizam R$ 1, 04 bilhão. Presente em 133 praças, segundo Menin, a empresa direciona seus investimentos de acordo com as demandas regionais. Ele destaca positivamente o cenário no interior paulista e em capitais nordestinas, enquanto o Norte fluminense e Brasília seguem na direção oposta.
 
Segundo ele, o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e do conselho de administração da MRV, Rubens Menin, reuniu-se nas últimas semanas com ministros e com a própria presidente da República, Dilma Rousseff, para discutir a fase 3 do Minha casa, minha vida. A expectativa é que sua divulgação ocorra até o próximo mês, com alteração de valores limites. "É uma injeção de adrenalina para o setor", afirma o presidente da MRV, ressaltando que a partir da medida a empresa poderá "acelerar um pouco" os lançamentos.
 
Nesse sentido, a empresa tem ampliado seu banco de terrenos de olho em futuras oportunidades. No comparativo entre o terceiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, os investimentos saltaram de R$ 30 bilhões para R$ 23,5 bilhões (alta de 27,4%). Ao todo, o banco de terrenos tem 201.878 unidades.
 
Vendas Pelo balanço, as vendas contratadas apresentaram retração de 8,3% no comparativo entre o terceiro e o segundo trimestres (8.552 ante 9.321 unidades). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a queda foi de 14,3% (26.913 ante 31.399 unidades). No trimestre, 49% das vendas estão concentradas em São Paulo (R$ 636,5 milhões). Minas Gerais é o segundo, com 12% (R$ 154,7 milhões). Ao todo, as vendas totalizaram R$ 1,3 bilhão.
 
Apesar dos números o relatório da empresa considera que "o mercado de imóveis econômicos continua com boa demanda e baixa competição. Recentemente, temos observado um movimento de maior restrição de crédito quando do financiamento habitacional junto aos bancos". Segundo Menin, a morosidade dos bancos na liberação de crédito tem dificultado.
 
Ele considera que a construção civil dividida entre os segmentos econômico e média e alta renda. E diz ver o primeiro com uma performance positiva. "As condições não foram alteradas. Não houve alteração nas condições de financiamento Isso faz com que o setor mantenha boa dinâmica mesmo com a situação econômica", afirma.

Fonte: Estado de Minas, Economia, 20/10/2015

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