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BC diz que avanços no combate à inflação ainda não são suficientes

O Banco Central afirmou que as ações de combate à inflação do BC ainda não estão sendo suficientes para controlar os preços; ao mesmo tempo, o banco piorou a projeção para a inflação neste ano.

Apesar disso, o BC disse que as chances de que a inflação voltem ao centro da meta em 2016 estão melhorando.

O governo tem o objetivo de manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos para cima ou para baixo (ou seja, variando, entre 2,5% e 6,5%).

As avaliações estão na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira (29). O BC não divulga o valor de suas projeções para a inflação na ata.

Medidas contra a inflação

Para tentar controlar a alta dos preços, o Copom subiu a taxa básica de juros na semana passada para 12,25% ao ano, o maior nível em três anos e meio.

O BC tem prometido fazer "o que for necessário" para diminuir a alta dos preços, diante de uma inflação que continua elevada e rondando o teto da meta oficial.

Na ata, o BC voltou a repetir que a inflação encontra-se em patamares elevados, em parte, por conta dos preços administrados e do câmbio.

E, desde a última reunião do Copom, em dezembro, "a intensificação desses ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável".

Juros e alta dos preços

O Banco Central sobe a taxa de juros para desestimular o consumo das famílias, atuando na lei da oferta e demanda: se o custo do dinheiro está mais caro, as pessoas vão consumir menos; com menos procura, os preços param de subir.

Essas medidas levam algum tempo para surtir efeito. No ano passado, já foi possível notar uma diminuição no ritmo de consumo das famílias: o indicador subiu 2,2% no primeiro trimestre; 1,2% no segundo; e só 0,1% no terceiro.

Para especialistas, no entanto, o governo está disposto até mesmo a sacrificar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano para controlar a inflação.

Do UOL, em São Paulo, com Reuters

Fonte: UOL, Economia, 29/01/2015 - via CTE

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