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Desemprego em janeiro é de 5,3%, o maior desde setembro de 2013, diz IBGE

A taxa de desemprego chegou a  5,3% em janeiro, alta em relação a dezembro, quando foi de 4,3%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando era de 4,8%, o índice também teve aumento.

A taxa em janeiro é a maior registrada desde setembro de 2013, quando chegou a 5,4%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). 

População desocupada aumenta 22,5% em janeiro

A população desocupada chegou a 1,3 milhão, com 237 mil pessoas a mais do que em dezembro, aumento de 22,5%.

Na comparação com janeiro do ano passado, mais 125 mil pessoas ficaram desocupadas, o que representa alta de 10,7%.

Na comparação anual, a população ocupada permaneceu estável, mas teve queda de 0,9% em relação ao mês anterior, chegando a 23 milhões de pessoas, 220 mil pessoas a menos do que em dezembro. 

Cai o número de carteiras assinadas

Em janeiro, 11,6 milhões de pessoas tinham carteira assinada no setor privado, 253 mil pessoas a menos do que em dezembro, uma queda de 2,1%.

Foram 224 mil pessoas a menos, comparando com janeiro de 2014, uma queda de 1,9%.  

O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas atingiu R$ 2.168,80, o que é 0,4% a mais do que em dezembro (R$ 2.161,20) e 1,7 % a mais do que em janeiro de 2014 (R$ 2.133,09).

Desemprego aumentou em seis regiões no mês

A pesquisa mostrou aumento de desemprego no mês em quatro das seis regiões analisadas. A maior variação foi em Salvador, onde passou de 8,1% para 9,6%.  Em Recife, foi de 5,5% para 6,7%; em Belo Horizonte, de 2,9% para 4,1%; e em São Paulo, de 4,4% para 5,7%.

Nas demais regiões o índice ficou estável.

Na comparação com janeiro de 2014, a taxa aumentou em Salvador (de 8% para 9,6%), Porto Alegre (de 2,8% para 3,8%), São Paulo (de 5% para 5,7%) e em Belo Horizonte (de 3,8% para 4,1%).

IBGE divulga duas pesquisas mensais de emprego

A PME é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

A pesquisa não inclui no cálculo de desemprego pessoas que não estão trabalhando e não procuraram emprego nos 30 dias anteriores à semana em que os dados são recolhidos.

Neste ano, o IBGE vai divulgar duas pesquisas mensais sobre mercado de trabalho. Além da PME, haverá também a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios) Contínua Mensal, que inclui dados de cerca de 3.500 municípios.

O instituto ainda mantém a PME porque a Pnad Contínua começou em 2012 e a série histórica é considerada pequena. A primeira Pnad Contínua Mensal será divulgada no dia 12 de março, com dados de janeiro deste ano.

Além das pesquisas mensais, o IBGE vai manter a Pnad Contínua, com dados trimestrais. Na última, referente ao 4º trimestre de 2014, a taxa de desemprego registrada foi de 6,5%.

Renda domiciliar por pessoa foi de R$ 1.052 em 2014; DF tem maior média

A renda média domiciliar per capita dos brasileiros foi de R$ 1.052 em 2014, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Distrito Federal é o local em que a renda média domiciliar por pessoa é mais alta, de R$ 2.055; seguido pelo Estado de São Paulo, com renda média de R$ 1.432; e Rio Grande do Sul, com R$ 1.318.

Na outra ponta estão os Estados com a menor renda média: Maranhão, com renda média de R$ 461; Alagoas, com R$ 604; e Ceará, com R$ 616.

Os valores foram calculados pela metodologia da Pnad contínua, uma pesquisa do IBGE que abrange mais de 200 mil domicílios, distribuídos em cerca de 3.500 municípios.

A divulgação atende a um pedido do TCU (Tribunal de Contas da União) para embasar o cálculo de distribuição de dinheiro para os governos estaduais, por meio do Fundo de Participação dos Estados.

Os rendimentos domiciliares são o resultado da soma dos rendimentos, do trabalho e de outras fontes, recebidos por cada morador no mês de referência da entrevista, considerando todos os moradores do domicílio. 

O rendimento domiciliar per capita é o resultado da divisão da renda total pelo número de pessoas que moram na casa.

Fonte: UOL, Economia, 26/02/2015 - via CTE

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