Jun
13
Área metropolitana de São Paulo abriga "áfricas e europas"
Fonte: Folha.com
De um lado, São Caetano, com índices de qualidade de vida próximos aos da Noruega e Austrália, líderes mundiais; do outro, Francisco Morato e Embu-Guaçu, com taxas iguais à da Albânia e inferiores à do Panamá.
A nova região metropolitana de São Paulo, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) instalará oficialmente na quinta-feira, nasce sob o signo da desigualdade.
O quadro, reconhece o governo, é a maior ameaça à consolidação da metrópole de 19,7 milhões de habitantes (metade da população paulista) e 10,2% do PIB do país.
O cenário é fruto de décadas de falta de planejamento e entrave para a região pois, entre outros pontos, aumenta os deslocamentos atrás de emprego, saúde e educação.
Para evitar a disputa predatória por verbas, a estratégia é fortalecer o Conselho de Desenvolvimento, com Estado e prefeitos das 39 cidades.
É ele quem vai definir as prioridades e investimentos. O governo, diz Edson Aparecido, secretário do Desenvolvimento Metropolitano, vai usar as definições para elaborar o Orçamento e o Plano Plurianual, a partir de 2012.
"PATO MANCO"
A metrópole terá cinco sub-regiões. As prioritárias são norte e leste, com baixos índices de qualidade de vida, renda, atividade econômica e oferta de serviços públicos e altas taxas de mortalidade, evasão escolar e violência.
"A ideia é direcionar para lá setores da produção, porque não dá mais para construir trem, metrô, para deslocar milhares de pessoas. A metrópole não pode ser um pato manco", diz Aparecido.
A metrópole "manca" em várias áreas. Em mortalidade infantil, há índices canadense, como o de Guararema (5,1 mortes de crianças com menos de 1 ano a cada mil nascidas vivas), e líbio, como o de Rio Grande da Serra (21,2).
Estudo divulgado semana passada pela Câmara de SP mostra que o PIB per capita da região é 80% superior ao do país, mas 22 dos 39 municípios que a compõem têm índice abaixo da média nacional.
O pior deles, o de Francisco Morato (R$ 4.834), é inferior ao do Djibuti, país pobre do norte da África (R$ 5.010).
Para o urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis, a falta de pólos que distribuam as demandas da metrópole é o problema central. Ele diz que é preciso, porém, ter cuidado com estratégia e execução. "Há muitas obras sem planos e muitos planos sem obras."
JOSÉ BENEDITO DA SILVA, DE SÃO PAULO
Veja reportagem na íntegra, com mapa e dados da metrópole em:
- 21/09/2017 - Saneago inaugura Estação de Tratamento...
- 29/08/2017 - 17 curiosidades sobre a água que você ...
- 21/08/2017 - MUSEU DA ÁGUA, EM INDAIATUBA (SP), OFER...
- 11/08/2017 - Expolazer & Wellness começa nesta terç...
- 03/08/2017 - A ENIGMÁTICA E RICA REGIÃO NO OCEANO P...
- 28/07/2017 - Existe muito mais água na Lua do que se...
- 17/07/2017 - Água do mar pode ser benéfica para a s...
- 10/07/2017 - De água 'da Nasa' até piscina 'bebedou...
- 04/07/2017 - APLICATIVO SABESP MOBILE: A ÁGUA DA SUA...
- 29/06/2017 - FUNDOS IMOBILIÁRIOS ALCANÇAM VALORIZA...
- 20/06/2017 - SETOR IMOBILIÁRIO AINDA ESPERA RETOMADA...
- 16/06/2017 - MINÉRIO ATINGE PIOR VALOR EM 11 MESES E...
- 16/06/2017 - INDÚSTRIA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ...